Por: Samile Dias
Não faz muito tempo que tive meu primeiro contato com o Tribal Fusion, mas desde então já vi, li e presenciei tantos tipos de fusões ( fusão da dança do ventre com a dança regional, indiana, folclórica, flamenco, Hip Hop e contemporâneo. Um estilo que surgiu na Califórnia e hoje encontra admiradores em todo o mundo.) que se você não mantiver uma crítica pessoal sobre o assunto acaba se perdendo dentro desse emaranhado de informações que tem dentro da modalidade tribal.
A pouco estive conversando com Nanda Najla bailarina de fusões (Minas Gerais - MG) sobre como essa contemporaneidade influencia nas criações passando a existir regras fixas nos movimentos deixando o bailarino cada vez mais limitado. Quando eu tive contato com o Tribal o que me encantou foi exatamente a quebra de protocolo existente na dança do ventre dividida em tantas regras, depois veio a riqueza de informações culturais que você pode passar em uma só coreografia, sem contar a montagem dos figurinos que inspirados em etnias orientais se consegue fazer uma imagem irreverente e intima ao seu próprio estilo. Essa miscigenação cultural através da arte dos mais variados povos o encontro pessoal do seu corpo sendo desafiado a fazer movimentos simultâneos que a primeira vista a sensação que te dá é de limitação, mas com a rotina das aulas você se torna completamente capaz. Por que o tribal é isso! É romper barreiras. É uma busca intima feita em conjunto. Chocam-se culturas, um contemporâneo mergulhado no passado ele é democrático, livre, belo e feio. Dentro de tudo isso se encontra você.
