quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Essa Mulher sabe das coisas...


Martha Graham para Agnes De Mille, traduzido do blog da Rachel Brice





"Existe uma vitalidade, uma força, um despertar que é traduzido por você em forma de ação, e porque só existe um de você em todos os tempos, essa expressão é única.

Se você bloqueá-la, nunca existirá por nenhum outro meio e estará perdida. O mundo não a terá.

Não é sua função determinar o quão boa ela é ou como se compara com outras expressões. Sua função é manter o canal aberto.

Você nem precisa acreditar em si mesmo ou no seu trabalho.
Você precisa se manter aberto e inteiramente atento aos anseios que o motivam.

Mantenha o canal aberto.
Artista nenhum encontra contentamento.
A satisfação não existe em momento algum.

Existe apenas uma estranha e divina insatisfação; um desassossego abençoado que nos mantêm seguindo em frente e nos torna mais vivos que os demais."

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A História do Burlesco

Burlesco atualmente é conhecido como uma forma de striptease, mas originalmente não continha strip algum.

O começo: Grã-Betanha

O burlesco em sua tem suas origens nos music halls da Grã-Bretanha do século 19, onde o termo se referia ao entretenimento teatral de uma forma cômica de se curvar. Começou em 1840, as sátiras de comédia burlesca entretinham as baixas e médias classes fazendo graça (ou “burlescando”) de óperas, peças e hábitos sociais das classes mais altas. Em 1860, mulheres desnudas e com belas formas foram inseridas para manter a audiência interessada. Na idade Vitoriana, onde mulheres direitas optavam por grandes comprimentos de roupa para esconder seus físicos debaixo de babados, a idéia de moças aparecendo no palco em apertadas prendas foi uma grande emoção.



1860: exportado à América



A britânica Lydia Thompson foi a primeira estrela burlesca e foi fundamental na exportação do estilo à América. Em 1860 sua troupe burlesca – As British Blondes, ou “loiras britânicas – se tornou na maior atração teatral de New York. Seu primeiro hit foi Ixion, uma paródia mitológica que continha mulheres em colãs reveladores fazendo papel de homem. Mulheres nuas interpretando agressores sexuais, combinando grandes figurinos com uma comédia insolente – numa produção, imagine vocês, escrita e dirigida por uma mulher, impensável!













Explosão burlesca
O sucesso de Lydia lançou uma explosão burlesca. Mabel Saintley se tornou a primeira estrela americana nativa. A partir de essa data, o burlesco foi uma mistura de ator de comédia masculino com uma perna de mulher à mostra com música e dança. Era bem monótono comparado com a atualidade – mas um pouco de perna naquela época levava a audiência à loucura. Na França eles tinham seus próprios métodos no qual o cancan e os espetaculares music halls como o Folies Bergére e o Moulin Rouge.




Começo do século 20

Na primeira metade do século 20 os shows burlescos floresceram nos dois lados do Atlântico. Na América, editoriais e sermões condenando o burlesco como “indecente” só tornou o estilo mais popular e os teatros burlescos estouraram através dos EUA. A maior estrela burlesca do século 20 foi Millie DeLeon, uma atrativa morena que atirava suas ligas para a audiência e ocasionalmente abandonava o uso de colas. Tantas travessuras a deixaram presa em algumas ocasiões, que ajudaram a dar ao burlesco uma reputação obscena. A partir disso, dançarinas de burlesco eram como a versão vitoriana de mulheres de jogadores de futebol. Fora dos palcos, elas tinham uma presença ornamental, provocando socialites bem-nascidas e até a realeza, desse modo transgredindo sua origem de classe operária. Adornadas de maneira supérflua eram a arma perfeita para escritores como Jean Cocteau e Oscar Wilde.







O nascimento do strip-tease




Em 1920, filme e rádio estavam caindo na popularidade burlesca. Então o strip-tease foi introduzido como uma oferta desesperada que de alguma forma, o filme e o rádio não podiam fazer. De fato, o strip-tease esteve aí desde o final do século anterior. Então, promotoras do burlesco tiraram o strip do baú e o puseram nos palcos. As stripers tinham uma fina linha entre titilação e decência, que podiam colocá-las na prisão por corromper a moral pública. Logo, as stripers foram denominadas burlescas, e sua rotina se tornou crescentemente explícita. Para evitar a nudez total, mas ainda dando à audiência o que ela queria, as moças tapavam as virilhas com cordas frágeis e algo para tapar os mamilos. Isso era suficientemente o bastante para evitar o ataque da polícia. Mas agora os homens iam aos shows burlescos para ver mulheres fazendo strip. A comédia não era mais a atração chave. Quanto mais as garotas tiravam, mais a audiência gostava. Numa época onde o medo por um escândalo pessoal e doenças sexuais eram preocupantes, o burlesco estava relativamente a salvo. Estrelas dessa era eram a dançarinas Sally Rand e Gypsy Rose Lee.



Década de 20: a repressão

Enquanto a popularidade do burlesco aumentava, também acontecia o mesmo com as criticas. Na metade da década de 20, a depressão da América começava. Empresários burlescos contavam com seus advogados, que sempre vinham com brechas legais por mais de uma década.




Garotas nuas em Londres



No começo de 1930, Laura Henderson abriu um pequeno teatro em Londres, o Windmill. Ali, ela lançou um initerrupto show de variedades com cantoras, dançarinas, showgirls, e números especiais. Logo, virou um sucesso. Mas quando Laura decidiu imitar o bem-sucedido Moulin Rouge e colocar garotas nuas no palco, o negócio explodiu. Ali foram concedidos suntuosos shows com temas de nu com temas como sereias, índias, etc. Garotas Nuas chegou à Grã-Bretanha e o teatro havia se tornado mundialmente famoso. A maioria dos clientes do teatro Windmill eram famílias, tropas de guerra assim como celebridades, que vinham como convidados de Laura, incluindo a princesa Helena Victoria e Marie Louise (a filha e a neta da rainha Vitória). Elas seriam o ocasional problema com clientes masculinos, mas a segurança estava sempre ali para olhar por comportamentos impróprios. A história desse famoso clube foi imortalizado no filme Mrs. Henderson Presents, com Judi Dench e Bob Hoskins.
















1940






Foi a década das pinups. Hollywood estava emergindo em uma imagem sexy e glamorosa que devia muito ao burlesco, com mulheres de chapéu esparsos, malhas e colãs de arrastão, dançarinas de fan (leque de penas), garotas cancan e uma multidão de saltos altíssimos. Com isso vieram as sereias sexys do cinema como Betty Grable (que na época fez um seguro de um milhão de dólares para duas pernas). Apesar da depressão dos EUA, as revistas masculinas com títulos como Peep Show, Eyeful e Cavalcade of Burlesque continuaram a manter o burlesco vivo. Clubes noturnos contrataram estrelas para dançar em seus clubes e uma nova forma de burlesco em clubes havia emergido. A maiores estrelas burlescas americanas como Gypsy Rose Lee, Sally Rand e Georgie Sothern formavam suas próprias companhias e faziam tournês pelo país com suas showgirls e levou o estilo de dança hollywoodiano às massas. Novas dançarinas surgiram com figurinos e coreografias mais elaborados. Tal como Lili ST.Cxyr, que impressionou audiências com seu banho de espumas no palco, e Evangeline, a Garota Ostra.



1950

Essa década foi o ponto máximo do glamour em Hollywood. A forma feminina era celebrada na grande tela como nunca antes. Seios voluptuosos e grandes quadris eram a coisa. O corset teve um retorno dramático. Com Marilyn Monroe em cena, sua mistura de comédia com “tiração” de onda deve muito ao velho estilo burlesco. E no cenário burlesco mundial, Monroe tinha até seu próprio imitador – Dixie Evans – que mostrou muito mais do que Marilyn mostrava enquanto dançava com Joe di Maggio (marido de Marilyn) fictício. Também foi a década de Bettie Page, uma garota pinup que estrelou em inúmeros filmes burlescos - Striporama (1953), Varietease (1954), e Teaserama (1955).


1960

Pornografia explícita se tornou facilmente disponível e o homem não mais precisava de stripers para alimentar suas fantasias. Os poucos shows burlescos restantes tinham um pornô leve. A era do amor livre e nudez deixou a arte do strip-tease redundante e fora de moda. No burlesco começou um leve e longo declínio.


1970 a 1990

Em um mundo onde o sexo está por toda parte, o burlesco ficou totalmente extinto. Na América, somente Las Vegas manteve o glamour vivo com suas exóticas showgirls tipicamente em topless adornadas com plumas, lantejoulas e arrastões. Na Europa o Mouling Rouge se tornou a atração principal, embora sua programação era geralmente para música disco (quem diria!!)


O renascimento

Na metade dos anos 90, uma nova geração nostálgica pelo espetáculo e glamour dos velhos tempos nasceu, e foi com o retrocesso contra o “já-vi-tudo” da pornografia, que renasceu a ate da provocação. Agora com os clubes burlescos surgindo de todas as partes do globo e Dita Von Teese se tornando a primeira super-estrela do gênero, o burlesco está de volta! Vida longa ao burlesco!























Para saber mais:

Texto original


http://www.burlesqueguide.net/burlesque_history.html


Trailer Mrs. Henderson Presents: http://www.youtube.com/watch?



Artigo sobre dança burlesca escrito por Shaide Halim


http://shaidehalim.blogspot.com/2010/05/danca-burlesca-arte-de-se-


http://pt.wikipedia.org/wiki/Moulin_Rouge

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Resistência e Falta de Confiança em Si

Meu Primeiro Solo!























O trecho a seguir é de um livro chamado "A Guerra da Arte", de Steven Pressfield. É um livro curtinho e fácil de ler, mas seu conteúdo é super inspirador. Recomendo para qualquer um que crie ou tenha vontade de criar qualquer coisa nessa vida! Ele não está mais sendo editado, mas é fácil de encontrar nos sebos por algo em torno de R$15,00 (foi onde encontrei o meu!). Espero que esse trecho inspire alguém do jeito que inspira a mim!:)

"A falta de confiança em si mesmo pode ser uma aliada. Ela serve como indicador de aspiração. Reflete amor, amor por algo que sonhamos fazer, e desejo de realizá-lo. Se você flagar-se perguntando a si próprio (e a seus amigos) 'Serei realmente um escritor? Serei realmente um artista?', é bem provável que você seja.

O falso inovador é extremamente autoconfiante. O verdadeiro morre de medo."

Mais um work com Joline Andrade.







Aprendendo sempre!!!